segunda-feira, 7 de julho de 2014

Instalação elétrica de cozinhas requer cuidados


Profissionais qualificados e planejamento são essenciais para um bom resultado


Ambientes que chamam a atenção pela beleza e funcionalidade, nem sempre as cozinhas recebem a devida atenção no quesito instalação elétrica. É comum a pessoas investirem em itens como revestimentos e armários e deixarem em segundo plano a contratação de um projeto elétrico adequado às suas necessidades. Resultado: possibilidade de subdimensionamento nos circuitos, número insuficiente de tomadas e, o mais grave, insegurança na instalação. 

Para evitar tais problemas é recomendável que o projeto de elétrica seja previsto antes da construção, estando em harmonia com o projeto estrutural e arquitetônico do imóvel, o que vale para todos os ambientes, não apenas para a cozinha. A particularidade da cozinha é que ela é um dos locais da residência com maior concentração de equipamentos elétricos de grande potência.

Diferentemente do que ocorria no passado, hoje, grande parte das cozinhas conta com itens como máquina de lavar louça, forno elétrico, micro-ondas, geladeira, freezer e torneira elétrica, entre outros itens. Daí a importância do projeto, que irá estabelecer a carga necessária para a instalação elétrica, a quantidade de circuitos (tomadas e pontos de luz), a capacidade dos disjuntores a serem utilizados, a seção nominal dos fios e cabos elétricos e todos os demais dados para que os produtos elétricos utilizados no imóvel sejam ligados corretamente. 

"Respeitar a capacidade de corrente dos condutores elétricos, compatibilizar os disjuntores para cada condutor, saber quais equipamentos elétricos de maior consumo serão ligados e determinar circuitos exclusivos nestes casos, e utilizar dispositivo diferencial residual (DR), que reduz o risco de choques elétricos por contato direto com o condutor energizado em locais em que há presença de água são alguns pontos de atenção. Tudo isso tem que ser previsto no projeto elétrico, que será responsável pelo dimensionamento adequado de toda a instalação", destaca Nelson Volyk, gerente de engenharia e qualidade da SIL, fabricante nacional de fios e cabos destinados às instalações elétricas de baixa tensão.

Produtos e profissionais

Não basta ter um bom projeto se a instalação não for efetuada por profissionais qualificados e não contar com produtos certificados. Portanto, todos os materiais utilizados devem atender as normas vigentes noBrasil e o consumidor deve ficar atento a esses detalhes na hora da compra. Nas embalagens de fios e cabos elétricos, por exemplo, há a identificação da certificação de conformidade do Inmetro, assim como ocorre com as tomadas, disjuntores, etc. E o profissional contratado para o trabalho deve ser capacitado para aplicar as exigências da NBR 5410 (Norma Brasileira de Instalações Elétricas).

Reprodução


Tomadas

É obrigatório haver a separação entre os circuitos de tomadas e os circuitos de iluminação na instalação. Conforme a NBR 5410, a seção nominal mínima (bitola) dos fios e cabos exigida para circuitos de iluminação é de 1,5mm², enquanto que para as tomadas é de 2,5mm². Outro ponto é que existem dois tipos de tomadas elétricas: as de uso geral e as específicas. Nas cozinhas, as de uso geral normalmente são utilizadas para ligar aparelhos menores, como rádios, batedeiras e liquidificadores. Já as específicas, são utilizadas para ligar equipamentos como lava louças, secadora de roupas, entre outros.

Alguns equipamentos usados na cozinha necessitam de circuito exclusivo para sua tomada. Nesses casos, o fabricante do produto deve informar na embalagem ou no manual de instalação se o item deve ser ligado em tomadas comuns ou em circuito específico, onde haverá capacidade de corrente elétrica superior e, consequentemente, fios e cabos com seções nominais maiores. Depois de pronta a instalação, não há risco de ligar um produto que consuma mais de 10A numa tomada de uso geral, pois o plugue que vai ser ligado na tomada é diferente, para evitar esse erro.

"Em projetos de cozinha também é recomendável prever a instalação de tomadas adicionais. Assim, caso o usuário venha a adquirir novos eletrodomésticos, haverá local para que eles sejam ligados. Dessa forma, evita-se o uso de benjamins, que podem trazer riscos à instalação elétrica", comenta Volyk. 

Aterramento

Outro cuidado a ser tomado na instalação elétrica é o aterramento. Nesse caso, cabe destacar que nem todos os equipamentos devem ser aterrados como, por exemplo, liquidificador e batedeira elétrica. Devem ser aterrados os que estão disponíveis com plugues de três pinos, dentre eles, o do forno de micro-ondas e da geladeira - ou caso o fabricante informe no manual de instalação, mesmo não havendo o terceiro pino. O gerente de engenharia e qualidade informa que para efetuar o aterramento, deve-se utilizar o condutor de proteção na cor verde ou verde e amarela, conforme especificado na NBR 5410. "As cores verde e amarela possuem uma função específica no produto: auxiliar o reconhecimento visual do cabo, o que garante ao instalador mais seguran ça durante a ligação dos fios", esclarece Volyk. 

segunda-feira, 24 de março de 2014

Espaço Alice Eventos

Serviços executados:
Reinstalação do sistema de iluminação na área da danceteria
Revisão iluminação externa com individualização de lâmpadas
Colocação de tomadas externas na área do bar
Instalação do sistema de iluminação e tomadas na área de churrasqueira com quadro de luz independente















quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Dimensionamento cuidadoso e execução correta garantem instalação elétrica de qualidade

Instalações elétricas mal feitas estão entre as principais causas de incêndio no Brasil, segundo estatísticas do Corpo de Bombeiros, que apontam também que 20% das vitimas desses acidentes não sobrevivem. O risco se torna maior quando uma instalação é feita sem planejamento, material ruim e por pessoas não habilitadas. 
Como acontece com todas as partes de uma construção, a primeira coisa que se deve fazer é planejar como será a instalação elétrica, o que deve ser feito por profissionais qualificados, com conhecimento prático e teórico, e em função da finalidade da obra. Durante a execução, deve-se igualmente contratar bons profissionais, que sigam o projeto e, quando este tiver alguma falha, que contate o projetista e peça a devida correção, evitando de corrigir por conta própria porque “Estes engenheiros não sabem nada da prática da coisa...” 

Importante ressaltar que os materiais utilizados devem ser de qualidade, confeccionados dentro das determinações das normas técnicas. Se esta determinação não for seguida, de pouco adiantará o dimensionamento feito pelo projetista. Materiais de má qualidade afetam a segurança e o desempenho da instalação, por mais simples que seja. Somente eletricistas habilitados possuem a formação necessária e conhecimento da norma NBR 5410, que específica as instalações elétricas de baixa tensão, sendo capazes de executar o serviço corretamente e tirar o máximo de desempenho e durabilidade que cada material pode oferecer. 

Erros mais comuns 

A inexperiência ou falta de conhecimento leva a diversas situações de risco e mau desempenho da instalação. Alguns dos erros mais comuns: Sobrecarga dos circuitos, 
• Utilização de condutor elétrico de seção nominal inferior à necessária, 
• Ligar em um mesmo disjuntor dois aparelhos que exijam circuitos individuais, como chuveiros e torneiras elétricas 
• Trocar o chuveiro por um mais potente sem verificar se a instalação elétrica suporta a potência do novo produto 
• Utilização tomada em chuveiros e aquecedores elétricos que exigem ligação direta, Esses problemas são decorrentes, principalmente, da falta de habilitação do profissional responsável pela instalação e desconhecimento do proprietário do imóvel que, preocupado em gastar menos, deixa de prestar atenção à execução e posteriormente deixa de levar em conta a tão necessária manutenção periódica das instalações. 

O dimensionamento correto estabelece a carga necessária para a instalação de cada grupo de aparelhos, por exemplo, tomadas e pontos de luz, chuveiros, aparelhos de ar-condicionado, ferro elétrico, máquina de lavar e microondas. 

É importante também saber quais equipamentos elétricos de maior consumo serão ligados, para determinar circuitos exclusivos para eles e utilizar dispositivo diferencial residual (DR) onde houver contato com água; chuveiros, banheiras, secadoras de roupa, entre outros, são alguns pontos de atenção. A idéia é proteger o usuário de choques que podem ser fatais ou, no mínimo, muito desagradáveis. 

Procedendo assim, os aparelhos funcionarão melhor, o consumo de energia ficará dentro do esperado, sem sustos, e a instalação vai durar por muitas décadas, sem problema algum. 

Instalações auxiliares 

As instalações elétricas são as que mais trazem perigo para a edificação, mas é importante planejar também as outras instalações eletro-eletrônicas, como telefone, televisão, interfone, computador e segurança. 

Atualmente, estas instalações são de suma importância e precisam, mais do que nunca, de um bom planejamento. Muitas delas exigem tubulações exclusivas, enquanto que outras podem compartilhar a mesma tubulação mas, seja como for, é preciso planejar pois serão MUITOS tubos a serem passados, muitas caixinhas a serem colocadas e, além disto, os aparelhos como central telefônica, acesso à internet e dispositivos de televisão e segurança precisarão também de alimentação elétrica e circuitos de proteção contra raios. 

Nas instalações onde se fez a previsão correta para todos estes dispositivos chama a atenção a quantidade de caixas de ligação que ficam pela casa, cada cômodo tem 10 ou mais caixinhas entre luz, tomadas, interruptores, televisão, telefone, internet e alarme. Assim, é comum o proprietário escutar uma gozação dos desavisados, coisas como: 

-- “Puxa, o que vai ser aqui? um hotel? Para que este exagero de tomadas?” 

Se isto acontecer contigo, não se importe. Com um projeto arquitetônico e elétrico corretos e bem executados, uma residência assim planejada vai ficar livre dos “benjamins” e extensões no chão, que além de serem anti-estéticos dificultam a limpeza e higiene dos cômodos. 

Estas instalações auxiliares deixaram há muito de ser luxo, é uma necessidade da vida atual e fica muito mais barato executá-las durante a construção do que tentar remediar mais tarde.


por Arq. Iberê M. Campos